O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizará, de 8 a 10 de março, o Teste Público de Segurança 2016 do Sistema Eletrônico de Votação (TPS). Participarão do evento quatro grupos de investigadores e um investigador individual, 13 pessoas no total, que irão atuar na possível identificação de vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma eleição. O teste poderá ser acompanhado pela imprensa nacional e internacional, e os jornalistas interessados devem se inscrever até o dia 7 de março, acessando o link.

O TPS 2016 será realizado em um ambiente exclusivo, com acesso controlado e monitorado por câmeras. Os investigadores terão acesso aos componentes internos e externos do sistema eletrônico de votação, como aqueles utilizados para a geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos, lacrados em cerimônia pública, incluindo o hardware da urna e seus softwares embarcados.

O TSE disponibilizará ainda no ambiente do TPS diversos materiais e equipamentos que possibilitarão a execução de toda e qualquer ação prevista nos planos de testes elaborados pelos participantes, até mesmo ferramentas manuais como alicate, chave de fenda e Philips e multímetro digital, além de folhas de papel em branco, canetas esferográficas, mesas, cadeiras, microcomputadores (que não poderão ser conectados à internet), impressoras e urnas eletrônicas modelo 2013.

Plano de Teste

Para participar do evento, os investigadores elaboraram os respectivos planos de testes, que foram previamente avaliados e aprovados pela Comissão Reguladora do TPS. O Plano de Teste consiste no detalhamento do “ataque” que pretendem simular, embasado em normas, artigos, publicações e outros trabalhos técnicos e científicos. Dos oitos planos aprovados para o TPS 2016 quatro tem o objetivo de quebrar o sigilo do voto e os demais preveem a alteração da destinação dos votos.

Resultados

Ao final da fase de realização do Teste Público de Segurança, cada investigador deverá apresentar um relatório das ações executadas e resultados alcançados, de acordo com as regras definidas no edital e, caso identifiquem alguma falha, vulnerabilidade explorada ou fraude, deverão apresentar as respectivas sugestões de melhoria.

De acordo com o edital do TPS, fraude é um ato intencional que tenha alterado informações e/ou causado danos, interferindo na destinação e/ou anonimato dos votos, e que tenha sido efetuado de forma a não restarem vestígios perceptíveis. Já a vulnerabilidade explorada é a execução de um ato intencional que tenha explorado uma fragilidade importante da urna, mas que não seja condição suficiente para violar a destinação ou sigilo dos votos, ou, caso sejam alcançados, que deixe a existência de vestígios. Por fim, é considerada falha qualquer evento que impeça bom funcionamento do software, sem interferir na destinação e/ou anonimato dos votos dos eleitores.

Obrigatoriedade

A obrigatoriedade e a periodicidade do Teste Público de Segurança estão previstas na Resolução nº 23.444/2015 do Tribunal, que instituiu o evento como parte integrante do processo eleitoral brasileiro, devendo ser realizado antes de cada eleição ordinária.


FONTE: SITE TSE -FP/RC

Teste de Confirmação tem objetivo de permitir que especialistas verifiquem correção de falhas apontadas no sistema eletrônico de votação

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza hoje (7) e amanhã o Teste de Confirmação. Trata-se da última etapa do Teste Público de Segurança 2017 do Sistema Eletrônico de Votação (TPS 2017) que será utilizado nas eleições gerais deste ano. 

Nessa fase, os dois grupos de investigadores que identificaram vulnerabilidades durante a execução da primeira etapa do TPS 2017, realizada em novembro do ano passado, foram convidados a repetir seus planos. O objetivo é verificar se os achados foram corrigidos, e se as sugestões de melhoria foram implementadas pela equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do TSE.

O evento ocorrerá das 9h às 18h, no edifício-sede do TSE, em Brasília (DF). O objetivo do encontro é também reafirmar o compromisso da Justiça Eleitoral com a transparência e a segurança do processo eleitoral.

O primeiro grupo é liderado pelo professor doutor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Diego de Freitas Aranha. Durante o TPS 2017, a equipe dele conseguiu alterar o log da urna para modificar as bibliotecas de software. O log registra todos os eventos que ocorreram durante o manuseio do equipamento.

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