Debate ocorreu no último painel do Seminário Internacional Fake News e Eleições, realizado pelo TSE com o apoio da União Europeia
“Mídias Sociais no Cenário Eleitoral” foi o tema do último painel do Seminário Internacional Fake News e Eleições, que ocorreu nesta quinta (16) e sexta-feira (17), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Representantes das principais plataformas de redes sociais do mundo abordaram a atuação, durante o último pleito geral, no combate à disseminação da desinformação. O evento contou com o apoio da União Europeia.
O vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, mediador do painel, ressaltou que a Justiça Eleitoral é uma das poucas instâncias dispostas a ouvir e a aprender. Ele lembrou que, desde a Grécia Antiga, o princípio democrático impulsiona a evolução da civilização e que o caminhar da história trouxe desafios novos, como o de conjugar a democracia com a liberdade de expressão nesse novo espaço que são as mídias sociais.
Imprensa no centro da equação
A coordenadora do Projeto Credibilidade e ex-presidente do Projeto Projor, Angela Pimenta, falou sobre o importante papel das agências de fact-checking e do jornalismo no combate à desinformação durante as eleições. Segundo ela, houve uma queda no número de pessoas que dizem acreditar na imprensa e um aumento na quantidade dos que não confiam. A descrença, de acordo com Angela, ocorre “em virtude da fragmentação dos conteúdos nas redes sociais e da ‘desintermediação’ da notícia, quando fontes oficiais preferem diretamente as suas redes sociais e evitam o discurso do contraditório que o protocolo jornalístico manda para o exercício da profissão”. Ela lembra que, por meio do projeto Credibilidade, foram criados indicadores de qualidades, que têm o objetivo de diferenciar o jornalismo de qualidade de todo o resto.
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